Conheci o Jorge Filholini em Cuiabá, em um evento literário no Sesc Arsenal em que ele acompanhava o escritor Marcelino Freire, como produtor e assistente multimídia do projeto Quebras de circulação nacional. Conhecemo-nos e compartilhamos alguns momentos juntos no último dia da oficina de literatura que faz parte do projeto. Eu havia indicado a oficina para minha filha Marianna Marimon classificando-a como imperdível e ela participou com a mãe, Anna Marimon. Voltaram para casa ao final dos trabalhos no penúltimo dia com uma intimação de Marcelino: chama seu pai aqui, quero conhecê-lo!

quebras

Fazer o quê? Fui.

Foi muito bacana ter ido, conhecer Marcelino e Jorge, duas figuras muito legais e nossa identificação foi imediata. Todos ali naquela sala tínhamos em comum o amor irremediável pelas letras, pelas artes, pela cultura, mas principalmente, pelas pessoas. Marcelino com aquela aura de escritor reconhecido e laureado literalmente quebra tudo com sua simplicidade, irreverência e coração aberto para conhecer os brasileiros espalhados sobre a gigantesca superfície do país, escritores e artistas de tudo que é lavra. Ele parecia um cartógrafo, diagnosticando, mapeando e conectando os vários brasis e brasileiros criativos que foi conhecendo em suas andanças. Um sacerdote da poesia que ama o que faz, que sabe e reconhece as vias tortas que permeiam esse jogo da vida. O jogo é bruto e só faz isso quem ama muito.

marcelino-freireDaí em diante, após alguns breves contatos pelo facebook, o Jorge apareceu curtindo e se interessando por este site aqui (Cidadão Cultura). De cara perguntei se ele não gostaria de colaborar enviando textos para nossa editoria. Ele tascou um conto que li e reli, publicado aqui. E como gostei. Narrativa de cortes curtos, rápidos, cinematográfica, ele nos leva pela história com rara habilidade, leiam vocês mesmos e tirem suas conclusões, cada leitor é um enigma, não vou ficar aqui revelando minhas impressões.

jorgeAgora vem mais textos por aí. O conto que foi publicado aqui faz parte de um conjunto de contos reunidos em um livro. Confesso que fiquei muito afim de ler o dito cujo, mas não poderei estar no lançamento que vai rolar em São Paulo. Convido os amigos e leitores da paulicéia desvairada a irem ao lançamento, que o Jorge é de rara lavra, dos cabras bons.

Segue o convite:

O selo Demônio Negro lança, na segunda-feira (8), a partir das sete da noite, na Mercearia São Pedro, em São Paulo, o livro de contos “Somos mais limpos pela manhã”, de Jorge Ialanji Filholini. Editor do site cultural “Livre Opinião – Ideias em Debate”, Jorge estreia na literatura em contos que abordam a relação humana e a violência urbana. Segundo a escritora Aline Bei: “São contos crus, cinematográficos, com essas frases curtas cheias de pontos que me lembram tiros e que a vida não consegue engrenar porque sempre tem alguém querendo te foder”. Para Marcelino Freire: “Este livro de contos não é só a estreia de um autor. É a chegada de um dos nomes mais originais de uma nova geração”.

livro do jorgeJorge Ialanji Filholini nasceu na cidade de São Paulo, em 1988, mas reside há mais de 20 anos em São Carlos, interior do estado. É um dos curadores do Festival Gaveta Livre, evento literário e teatral realizado em São Carlos.

SERVIÇO

Lançamento do livro “Somos mais limpos pela manhã”

Autor: Jorge Ialanji Filholini

Selo Demônio Negro

Segunda-feira, 8 de agosto, 19 h

Mercearia São Pedro (R. Rodésia, 34 – Vila Madalena, SP).

 

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