SOMOS TODOS ASAS DA RIACHUELO

A desvalorização do cenário artístico regional de Cáceres não é de hoje, não é de ontem e infelizmente não acabará amanhã. O ultimo caso de descaso com quem não faz pouco-caso das belezas da Princesinha por meio dos olhos perspicazes da arte, foi o apagamento das asas da Riachuelo, graft do artista cacerense Rafael Jonnier, que dava asas à quem não é passarinho e fazia voar alto a imaginação dos que tiravam pelo menos dois minutos para apreciar a manifestação de cores e formas que contam muito sobre a identidade da nossa querida cidade.

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Mas como já delatado de início, não é de hoje que a arte em Cáceres grita e esperneia por socorro. Esse Episódio é apenas a continuação do que há quase a um ano acontecia à poucos passos dali, com um homem de pele vermelha que acomodado em seu elefante branco, regava incessantemente uma planta de concreto, que chegou a sair da planta mas ainda não tinha nada tão completo. A pintura de Sávio Junior que estampava a carcaça da rampa de skate e denunciava o descaso ao patrimônio público, também foi friamente enterrada a 7 camadas de tinta branca. Voltando aos dias hoje, nessa cidade que é tão rica culturalmente?! Sim! Cáceres é uma cidade rica em cultura e arte, o único problema é que não é dada a devida visibilidade, aos poetas, cantores, bandas e atores, dançarinos e pintores. Quem conhece os sarais do Movimento Figueira Cultural sabe, a riqueza artística de Cáceres é grandiosa o que falta é oportunidade e uma boa prosa. Somos todos pinturas escamoteadas por tintas brancas, que insiste em nos encobrir e matar a nossa arte sem aviso prévio ou lembrança. O FIPe ( Festival Internacional de Pesca Esportiva) pelo que me lembro, deveria valorizar o que Cáceres mais tem exuberante, não deu espaço aos artistas regionais mostrarem o que melhor sabem fazer, artistas esses que não queriam nada em troca, só uma oportunidade de exibir sua arte e sair da toca, mas infelizmente não foram ouvidos por quem tem o poder de escutar e algo por eles fazer, o jeitinho foi ir pra Sema e cantar a arte pra quem quer ouvir até a polícia bater. Pra que não conhece o Mormaço Severino, Lobos Da Relva, Junção Cósmica, Macacos do Brejo e Conexão CNV, acha que Cáceres não tem arte, mas a arte está a UNEMAT, SEMATUR na praça Duque e em toda parte, basta ser dada uma única oportunidade mas se não der, nós criamos e fazemos a nossa parte. A verdade é que não existe valorização, Cáceres Mata seus artistas que tanto a ama e contam de ti por onde vão. Se vão por não encontrar nos seios da princesinha o aconchego e acalanto que buscam e lá fora encontrarão, dos desconhecidos que vão ouvir sobre a cidadezinha e perguntarão “Que cidade linda! por que saiu de lá se ´tão bom?”. 10/06/2017

*Felipe Paiva acadêmico do curso de Letras na UNEMAT

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Contato: Felipe.rodri15@hotmail.com

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