*Por Luiz Eduardo Oliveira
Conselho de amigo. Não viaje em grupo com mais de quatro pessoas. É sério. A não ser que seja uma viagem em família, ou se você gosta de excursão da CVC. Quer planejar seu roteiro de férias? Quatro é o limite. Mais que isso, é dor de cabeça.
É o número de gente que cabe num táxi, numa mesa de restaurante… Vai por mim, faz o exercício. Imagine que antes de sair pra bater perna na cidade, você precisa tomar banho e café-da-manhã. Multiplique o tempo que você gasta nisso pelo número de gente que você pensa em levar junto. Conte que uns vão fazer isso mais rápido e outros vão tomar uma eternidade só pra limpar o ouvido.
Se você é um dos práticos, com certeza já vai fazer a mala pensando no que combina com o que, pra não perder tempo escolhendo roupa – ou nem vai ligar pra isso, vai puxar a primeira peça que sua mão alcançar. Agora, olhe para o seu grupo e se pergunte se todos fariam o mesmo.
Sentiu o drama? Tem mais.
É sabido que duas cabeças pensam melhor do que uma. Imagine seis tendo que chegar a um acordo sobre o local de almoço, sobre que atrações visitar, se vai pra balada, a hora de voltar, se vai morar no freeshop… Daí você pensa que ninguém nasceu colado a você (me desculpem os siameses) e decide cumprir o horário e deixar pra trás quem acordou de ressaca e tá se enrolando na cama. Se prepare pra ouvir um “ah, mas eu queria ter ido tambéééém”, “ah, mas você nem esperooooou”…
O mesmo exercício é válido pro Mr. Cotonete. O seu amigo que “mal encosta na água” vai ficar te apressando, falando a hora… vai achar que você tem que ter resposta pra tudo na ponta da língua.
Todo mundo tem que ter um pedaço de buda interior.
No final das contas, a turma se diverte e tem seus bons momentos. Mas se você evita o estresse, curte melhor os seus amigos.
*Luiz Eduardo Oliveira é radialista e viajante