A música mato-grossense não para de avançar em suas várias formas e gêneros. Quando ocorreu a divisão do estado a musicalidade mais efetiva, que tinha um selo de qualidade para se inserir no contexto da música popular brasileira, residia no sul do estado. Os grupos musicais e artistas de Campo Grande se sobressaíam, os autores de maior sucesso e presença visível na cena nacional se restringia aos irmãos Espíndola, Tetê, Geraldo e Alzira, além de Paulo Simões, Almir Sater e outros. A música daqui ficou restrita a um contexto mais popular, de ranço folclorista, colocada em um plano regionalista e de menor poder de linguagem. Vivíamos a época do domínio das grandes gravadoras em conluio com os grandes selos de distribuição e controle dos canais midiáticos. uma espécie de ambiente onde imperava o famoso e famigerado jabá, uma expressão que significa dinheiro para subornar estruturas corrompidas, o modelo capitalista de produção, entretenimento e consumo cultural.
Com o tempo a música de Mato Grosso, amparada no desenvolvimento urbano de Cuiabá, proporcionou o surgimento de vários trabalhos que tiveram o poder de estabelecer diálogos e conexões artísticas e musicais com outros centros do país, a ponto de recentemente adquirir a fama de exportar talentos para a cena nacional. Uma das expressões musicais mais contundentes no cenário urbano que vem se desenhando há mais de três décadas é o rock. Vários trabalhos marcaram época nesses quase quarenta anos, produtores e bandas, grupos diversos, essa história é marcada por fases, numa espécie de corrida de revezamento com uns passando o bastão para outros. E assim a história vem se constituindo com novos agentes surgindo e conduzindo os avanços. Momentos melhores, momentos de perturbação, tretas, conflitos, encontros e reencontros, enfim, a história não permite linearidades. É assim que as coisas vão acontecendo.
O momento atual do rock em Mato Grosso aponta para o surgimento de diversos núcleos atuantes, na capital e em várias cidades do interior do estado, sem que se note a presença dominante de um grupo. Existe uma pulverização, tanto na produção de movimentos quanto na musicalidade. Parece que vive-se um momento de surgimento de novas sonoridades e a reafirmação de alguns resistentes.Uma das premissas mais fortes e estratégicas das novas bandas de rock e de outros segmentos também como o rap, é gravar, produzir clipes, utilizar a internet e criar seus próprios nichos de fãs e consumidores.
Eles estrearam no lendário Cavernas Bar, em 2014, lugar obrigatório para qualquer roqueiro que se preze. Desde então a banda vem ganhando visibilidade no cenário autoral alternativo. Participaram da abertura da atração punk nacional “Kaos 64”, de São Paulo. Zumbi Suicida foi a segunda banda mais votada do festival Dia Mundial do Rock 2016, em Cuiabá.
Em 2015 a banda iniciou um movimento de intercâmbio com bandas do interior de Mato Grosso, participando de festivais de rock e shows se apresentando em Jaciara e Tangará da Serra. Em 2016 participou do Festival O Chamado em Peixoto de Azevedo.A formação atual é composta por Welligton Rodrigues (Vocal), Marcos Amorim (Guitarra), Luís Dias (Baixo) e Luan de Faveri (Bateria).
O lançamento ocorrerá na Arena Pantanal, dia 17 de setembro, a partir das 16 h. O evento conta com o apoio e parceria da Loja Boa Ideia Camisetas e Acessórios, e com participações especiais das bandas: Monarca, Anark99, Cinema de Pedra, Bestiário, Red Eyes (Tangará da Serra) e, claro, a principal atração do evento, Zumbi Suicida.
Pede-se ao público 1 kg de alimento não perecível, uma contribuição social para doação em forma de cestas básicas para Obras Sociais Francisco de Assis, em parceria com a ong Leo Club da Visão Solidária de Cuiabá.