gtw

Estou no meio de uma pesquisa sobre os efeitos daninhos dos agrotóxicos em nossas patéticas vidas de consumidores envenenados por glifosatos e  organofosforados do terceiro mundo, e penso preocupada ” como poderia o mundo se salvar?”

O rock salva meu bem!

Rock and new Way of life.

psicodélico?

No no no no

Hard core nas veias abertas do grande terceiro mundo, GTW senhores, um contra veneno na imbecilidade capitalista do terceiro mundo que é o que somos afinal, com nossas “lavouras envenenadas, florestas incendiadas” e um “lado humano que não acompanha o tecnológico”. O veneno começou a dominar a cena do agro nos anos oitenta, coincidentemente quando a banda GTW surgiu trazendo-nos a estética punk hard core. Uma voz potente onde a urbanidade aconteceu nos acordes do rock.

-Acorde!

Trinta anos depois o grito punk eclode na planície pantaneira com a mesma intensidade lá de trás, quando fincou bandeira no centro oeste solo do cerrado.

A planície pantaneira e o cerrado estão com certeza muito mais contaminados pelo veneno do que naquela época.

No entanto o grito punk resiste, e como não havera de ser? Se temos uma caverna só nossa para nos acolher?

Para comemorar essas três décadas de história verídica GTW dá o tom e comanda o espetáculo da noite, a melhor estética do sub solo, a melhor luz, o reduto escuro explodindo sons!

Catarse!

-“Estou viva!” Pensei -“viva com o coração pulsante e o sangue correndo nas veias, viva como GTW nesse grande terceiro mundo que habitamos.

-“Isso é rock and roll, Cuiabá! “

“Cagando no banheiro

começo a pensar

como poderia

o mundo se salvar?!”

I’m sorry baby, o mundo não tem salvação, “a humanidade é canalha mesmo!”

Mas tudo bem a gente tem o rock e a nossa capacidade de sonhar para além das “cercas embandeiradas que separam quintais”, como dizia Raul.

Pra acabar de completar vai aí outro refrão:

“-Não  adianta me dedetizar,

pois nem o ddt pode assim me exterminar,

porque você mata uma

e vem outra em meu lugar!”

Isso é só pra concluir, se é que estamos concluindo alguma coisa, como disse o poeta: “A única conclusão é morrer”.