Tem pessoas que expressam com o próprio corpo a maneira de viver e suas crenças. Jhon Douglas é um desses caras que não tem medo de meter a cara na vida com a coragem das grandes personalidades. Grande mesmo, no sentido de expressar seu modo de vida com tremenda dignidade e originalidade. Num momento em que as pessoas (uma boa maioria) tendem a querer surfar nas ondas das grandes cidades, principalmente as que aparentemente têm uma oferta maior de trabalho, consumo, lazer e outras coisas mais. Digo aparentemente por que essas condições podem não estar somente nas grandes metrópoles, ainda mais em tempos de Internet. Mas vamos lá, depois de Cuiabá e Lisboa, México, Alemanha, o artista rondoniense, o Jhon, o Douglas, o menino arteiro que muito se assemelha a um ser primitivo amazônico futurista, meio índio, meio universal, meio branco, meio sei lá o quê, desses caras cosmopolitas, resolve voltar para Rondônia.
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Há dois anos, Jhon começou a se apresentar com seus Jungle Boys em várias locais de Lisboa, inclusive em suas exposições e pintura de murais. Cheio de histórias amazônicas e canções com aquele balanço brasileiro, o menino de Vilhena canta com todo o fôlego, ‘’eu vou voltar para o mato para me desatualizar’’, fazendo um convite a si mesmo para voltar para suas raízes rondonienses. Nos últimos onze meses, Jhon aproveitou sua estadia se desatualizado em sua região e criou, de forma caseira e espontânea, o disco MATO: ‘’Estas músicas apresentam este universo de onde vim, da mata, dos bichos, dessa vida na floresta, na fronteira do Brasil’’, diz, e logo completa, ‘’é uma questão do tipo de vida que vi por onde passei, o ser humano é parecido, mas tem uma mecânica diferente, seja em Vilhena ou em Lisboa, que são cidades iguais, mas ao mesmo tempo completamente diferentes’’, resume.
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