Por Luiz Eduardo Oliveira*

Uma das minhas práticas de viagens – diga-se de passagem, a campeã em zoação dos meus amigos – é a ida ao supermercado. Não só porque os supers ajudam-me muito quando faço low budget travel, afinal, onde mais encontramos comida barata sem fazer muito esforço? Mas também porque é possível observar certos hábitos de consumo, organização e até históricos (!) dos residentes. Compartilho aqui algumas de minhas descobertas:

1)      Alemão gosta de número. Enquanto nos contentamos com as denominações: integral, desnatado e semidesnatado para o leite, os alemães exigem que embalagem traga a porcentagem exata de gordura presente no produto. Quando passam férias em países em que isso não é regra, rola confusão;

2)      Quer saber se há brasileiros morando numa determinada área da Inglaterra? É só ver se há leite condensado em fartura no supermercado do bairro;

3)      A Rainha faz propaganda. Claro que você não vai vê-la bebendo um copo de Toddynho, mas prestadoras de serviço e produtos consumidos nos palácios recebem um selo de indicação que é impresso nas embalagens e nos caminhões país afora. Há também os selos do Príncipe Charles e do Duque de Edimburgo;

4)      Sim, português gosta de bacalhau. As áreas dedicadas ao peixe (que agora vem da Noruega) são expressivas e o item é oferecido o ano inteiro, sendo fresco, congelado, inteiro, em posta, na forma de pratos prontos…

5)      Chinês achou um jeito diferente de embalar ovos. Em vez da já cartela velha de guerra, na China há embalagens fechadas, uma espécie de maletinha colorida. Não sei de onde vem o costume, mas acho super prático;

6)      Não se vende vinho em supermercados nórdicos. E descobri isso da pior maneira: com vontade de beber às 10 da noite. Na verdade, em Noruega, Finlândia e Suécia, bebidas com teor alcoólico superior a 5% só podem ser vendidas em lojas do governo. Isso porque até certo ponto no século 20, havia proibição na venda de bebidas, e, como a história já mostrou que isso não dá certo, essa foi a forma que esses países encontraram de controlar o consumo – e faturar um troquinho a mais.

Poderia fazer uma lista enorme sobre o assunto, mas por ora fico só nisso. E você? Já percebeu algo de curioso no comércio fora do país? (bom.. dentro do país também, mas isso é assunto para outro post).

Ahh! P.S.: diquinha. Se você for ao México e quiser trazer algo legal de presente, passe na Bodega Aurrera (ou qualquer outro super, mesmo) e compre bombons recheados com tequila José Cuervo. Lá eles saem por um terço do preço do free shop do aeroporto.

 

Luiz Eduardo Oliveira, é radialista na Rádio Assembleia (89,5 FM), mestrando na 
Europa (em Portugal), viajante nada acidental e curte a vida adoidado.

 

 

Deixe um comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here