Nascida em 1947, esta estilista inglesa formou-se na renomada Saint Martin’s School of Art de Londres. Depois de trabalhar como autônoma em várias cidades do mundo, como Nova York, Londres, Paris, Roma e Hong Kong, lançou sua própria marca a Katherine Hamnett London em 1979. Ficou conhecida nos anos 80 ao inventar a camiseta “slogan” (frases com 3 palavras e letras grandes) com mensagens políticas. Depois de uma visita a Mali na África ficou profundamente impactada com a disseminação da Aids e com os danos causados ao meio ambiente pelo cultivo do algodão convencional, o resultado foram mais camisetas com mensagens slogans voltadas para a sustentabilidade ambiental e a situação da África (trabalho escravo, infantil e morte por envenenamento com pesticidas). “As pessoas são as telas mais poderosas. Depois de ler está no seu cérebro.”
A partir daí começou a trabalhar com produtos de forma ética, só usa algodão orgânico. Por trinta anos fez campanhas para mudar internamente o setor da moda envolvendo-se em iniciativas ecológicas fazendo palestras no mundo todo sobre a sustentabilidade. “Há trinta anos meu lobby por mudanças foi recebido com indiferença pela indústria da moda.”
Diz ainda, “o setor de roupas é um dos maiores do mundo, ele emprega bilhões de pessoas (um em cada seis da população mundial), mas também é um dos maiores geradores de poluição, tendo impacto sobre as alterações climáticas e o aquecimento global. Trabalhadores do setor têxtil de várias partes do mundo ainda trabalham em condições análogas à escravidão. Precisamos fazer nossas roupas de um jeito melhor. Estou comprometida a mudar a maneira como isso funciona fazendo roupas de forma ética e com o mínimo de impacto ambiental possível, preservando as habilidades tradicionais e mostrando como isso pode ser feito.”
O consumo consciente pode realmente ajudar a mudar o mundo. Comprar menos, observar a qualidade, a durabilidade e onde foi feita a roupa. Dizer sim para o algodão orgânico, para o linho orgânico, lã orgânica, cânhamo orgânico, poliéster reciclado, poliamida reciclado, para o upcycling (já citado aqui), enfim há várias formas de impulsionarmos a sustentabilidade. Ou mudamos agora ou não haverá mundo para viver.
Acredito que os jovens consumidores tem esse poder porque estão se tornando cada vez mais informados e antenados ao comprar uma roupa, procurando saber a sua origem, como consumir e o quê consumir. A indústria da moda está acordando porque os consumidores querem conhecer a história por trás da sua roupa. Nossa conscientização/preocupação consumista pode decidir o futuro do planeta e obrigar a indústria a se tornar sustentável, ou perderá seu mercado.
E aí carxs leitorxs, você se preocupa com a extinção das espécies? Com a sobrevivência da raça humana? Com um planeta habitável? Ajuste seu estilo de vida…
Vamos entrar nesta “vibe”?