Larissa Campos
Filosofia, mistérios e estudos herméticos também são assuntos para música. Em 1974, quando lançou “A Tábua de Esmeralda”, Jorge Ben Jor não poderia deixar esse tipo de assunto de lado, afinal, ele próprio era um estudioso das ciências ocultas.
Consciente de que existe muito mais entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia, Ben Jor se dedicou a muitas leituras e, nesse processo, chegou até o hermetismo.
Hermetismo é um estudo baseado na filosofia de Hermes Trismegisto, um legislador e filósofo egípcio que teria vivido por volta de 1.300 a.C.. No entanto, muita coisa sobre ele é considerada especulação.
A verdade é que, desde a adolescência, Ben Jor era um estudioso do esoterismo. A partir disso, conheceu as leis herméticas e achou oportuno criar uma música para falar sobre elas. Foi assim que surgiu a canção “Hermes Trismegisto e sua celeste Tábua de Esmeralda”.
A música cita importantes questões da teoria hermética, incluindo princípios como o da correspondência, quando diz que o que está no alto é como o que está embaixo. Por outro lado, a lei da polaridade é representada pelas imagens do sol e da lua, da terra e do fogo, do sutil e do espesso.
E, mais uma vez, a música aparece como um portal, um caminho para reunir e propagar conhecimento. Aliás, será que todo mundo que já ouviu a canção sabe quem é Hermes Trismegisto? Certamente não. Mas a música pode ser uma porta, um convite para conhecer um universo novo, diferente, de aprofundamento do ser dentro de si mesmo. É isso que as leis herméticas e tantas outras teorias proporcionam.
Ouvir “Hermes Trismegisto e sua celeste Tábua de Esmeralda” é muito mais do que simplesmente ouvir uma música. Ouvir a canção e refletir sobre o que ela diz é uma oportunidade de mergulhar em si, de transcender. É nessa hora que eu gosto de dizer: a música pode muito mais do que imaginamos!