Por Isa Sousa*
Não sei quando começou e sei que não tem fim o amor que sinto pela arte urbana. Os “grafites” dominam as paredes (e não apenas elas), até então cinzas, das cidades já há algum tempo. E, que bom, assim como – quase – tudo na vida, a mudança no pensamento fez com que diversos locais ao redor do mundo ganhassem status de museu a céu aberto.
Pra mim não é simples “status”. Esses locais e artistas são exatamente o contrário da vida que a gente teima em colocar no controle remoto: coloridas ou não, as artes nos levam pra um mundo paralelo. Que bom. É pra isso a arte, né? Além, também, de ser contestadora e retrato do nosso tempo.
Foi por isso mesmo que durante o mês que passei em Nova York persegui a arte urbana. Assim como São Paulo, elas estão a cada piscada. Só que tem um lugar, naquele mar de concreto, que foi minha primeira parada: Bushwick!
Por indicação do blog da Laura Peruchi, anotei Bushwick logo no topo da minha lista de prioridades. O bairro do Brooklyn vem ganhando destaque desde o ano passado e ficou famoso exatamente pelo grupo “The Bushwick Colletive”.
O coletivo foi criado em 2012 e tem um curador – Joseph Ficalora – exatamente para definir o que vai nas dezenas de paredes ao longo de suas quadras.
É de encher os olhos. Você já desce do metrô respirando os grafites. Eles são tantos que recomendo ao menos uma manhã ou tarde por ali. Vale a pena também dedicar sua pesquisa, antes de chegar até lá, aos restaurantes, bares e pubs, que dizem serem ótimos.
Apesar de estar em alta, Bushwick nem sempre foi assim: era considerado um bairro perigoso. Segundo as histórias que você encontra na internet, foi exatamente os grafites que deram vida nova ao lugar.
E não só de Bushwick vive Nova York. O próximo post será sobre a região de Chinatown e Nolita, um lugar recheado de arte urbana. E, detalhe, tem até nossos brasileiros “Os Gêmeos”.
Sobre Bushwick:
Tem Instagram
Tem Facebook
E pra chegar é só pegar a linha L do metrô e descer na estação Jefferson Street. A partir daí, ande e se “perca”.
Gostei muito do artigo da Isa Sousa, belo registro dos grafites e o texto bom e objetivo. Parabéns!