Uma coisa que qualquer comunidade, empreendimento, organização social, coletivos e afins, deve prestar atenção é no processo de debate, reflexão e decisão, sobre seus próprios atos.
Agir refletindo sobre o fazer implica numa atenção redobrada na responsabilidade do fazer, nos campos social e ambiental, principalmente.
Não é assim que deve funcionar uma comunidade, de forma intempestiva, mas antes, esgotar as possibilidades, pensar, repensar e tomar decisões sempre levando em conta o que é público, os espaços de vivência e de ocupação social, seja real seja virtual. E vou mais além, no modelo de democracia representativa são 51% contra a vontade de 49%.
É muita gente pensando o contraditório pra fazer valer a vontade de apenas mais um no jogo do desempate da peleja.
Não! Há que se debater e chegar a um consenso em praticamente todas as ações (senão, todas), pois é provável que aconteçam crises e situações emergenciais. Às vezes é preciso dar a ordem para antecipar uma tragédia. Mas aí é questão de senso, é necessário desenvolver o senso comum, de commons, a partir da percepção de que tudo interage em rede. Qualquer ação têm consequências que mexem com a vida da comunidade como um todo. Não dá para negar.
Agir coletivamente é de uma responsabilidade política sem tréguas. Permanentemente decidido e controlado aos olhos de toda transparência. Não dá para abrir exceção.
No convite enviado pelos organizadores do evento eles dão o tom:
“Este encontro possui a finalidade de reunir os membros dos Conselhos Municipais existentes no Município, a comunidade (social, empresarial, política, religiosa e organizações não governamentais) e todos aqueles que queiram participar e contribuir na articulação de opiniões, apresentando sugestões e propostas tendentes à nova formatação dos próximos “Festivais de Inverno”, bem como buscar melhorias para o exercício do CONTROLE SOCIAL em nosso Município.
Os temas a serem debatidos seriam pautados pela lógica da necessidade de PARTICIPAÇÃO SOCIAL, através das Associações Culturais, Entidades da Sociedade Civil Organizada, Conselhos Municipais de Cultura, Meio Ambiente, Educação e Turismo nos processos decisórios do Poder Público Estadual e Municipal, especialmente, para as avaliações e deliberações pertinentes ao estabelecimento de Calendários de Eventos, Programações Artísticas e Culturais no Município
Também promoveremos, a edição de um documento, a ser entregue ao Ministério Público, a Secretaria de Estado de Cultura, Secretaria do Gabinete de Transparência e Combate à Corrupção, Secretaria de Estado de Turismo, à Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso e ao Gabinete do Governador, o qual refletirá a posição da sociedade do Município relacionada ao Festival de Inverno.