Para alguma coisa esses algoritmos que tentam nos entulhar de publicidade e outras cositas más que até um deus duvidaria, teriam que servir né? E no meu caso, eles servem mui bien no youtube, obrigadx! Por isso, vou compartilhar algumas músicas/artistas que conheci graças aos nossos amigx (big brother – grande hermano).

Dorothy Ashby – Hip Harp

Antes do Hip Hop, o Hip Harp <3 e é incrível conceber a ideia de que a harpa se integre tão bem ao jazz neste álbum de 1958 de Dorothy Ashby (Detroit). Esta união que parecia tão improvável persistiu pela resistência da artista em tocar harpa com seu trio de jazz, que organizava apresentações gratuitas e tocava em casamentos. Dorothy Ashby transita para além do jazz com sua harpa e vai até a world music e o R&B. Em seu álbum The Rubaiyat of Dorothy Ashby introduz o instrumento japonês koto.

Melody Gardot

Escolhi esse clipe por que é praticamente um filme. É cinema que acompanha a música cheia de dor desta artista incrível que é a Melody Gardot (Nova Jersey). A sugestão do youtube foi para sua versão de Ain’t No Sunshine, que por sinal é bem incrível, e assim que dei o play, me apaixonei. Procurei conhecer um pouco de sua história. Melody é o que chamam de “artista por acidente”.

Após ser atropelada e sofrer múltiplas fraturas e traumatismo craniano. Além da perda de memória, também precisou reaprender a falar e a andar. Começou a sofrer de vertigem cinética, por isso usa bengala. Melody também ficou hipersensível ao som e fotossensível, por isso está sempre de óculos escuros. Por sugestão de seu médico, começou a tocar violão e compor músicas (antes ela se apresentava em bares tocando piano). A música era uma forma de terapia e escape à dor. Melody desenvolveu depois o programa de musicoterapia Chateau Gardot, em que a artista repassa sua experiência, de como a música consegue reparar o cérebro a restaurar a qualidade de vida.

Nomade Orquestra 

Nomade Orquestra foi outra sugestão que surgiu na minha relação de músicas e decidi me aventurar no som pelo nome do grupo. A banda foi formada no ABC paulista em outubro de 2012 e é um ponto de encontro entre diferentes expressões musicais, passando pelo funk, jazz, afro beat, rock, hip hop que se mesclam a uma pegada eletrônica. Em seus shows também fazem projeções artísticas. Tem que ficar de olho na agenda dos caras para pegar alguma apresentação e se acabar dançando rs.

Gabór Szabó

Apesar de já ter certeza que ouvi este nome antes, não tenho certeza se escutei sua música, penso que me lembraria deste som caso tivesse escutado. Gábor Szabó é de Budapeste, Hungria, que em 1956 mudou-se para os Estados Unidos, onde apaixonado pelo jazz iniciou sua trajetória na música. Gábor mesclou a música folk nativa de seu país ao jazz, com influências ciganas e romanas. Produziu 24 álbuns de 1966 a 1981. Seus discos possuem uma variedade incrível de sons. Apesar de toda sua influência na música, ele acreditava que seu gypsy jazz não era bem aceito nos EUA.

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Marianna Marimon, 30, escritora antes de ser jornalista, arrisco palavras, poemas, sentidos, busco histórias que não me pertencem para escrever aquilo que me toca, sem acreditar em deuses, persigo a utopia de amar acima de todas as dores. Formada em jornalismo (UFMT) e pós-graduação em Mídia, Informação e Cultura (USP).

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