Pra viver em um mundo tão imagético, vide aí (instagram, twitter, facebook e outras mídias) é preciso coragem! A exposição fascina/ilude/encanta/denigre, é fachista, dependendo do ponto de vista. A crueldade de alguns controladores da ação/reação preconceituosa de imagens/pessoas me assusta. É a tal da ditadura opressora, imposta, onde só o “novo”, o “jovem”, o “belo”, podem TUDO!
Madonna vem sofrendo preconceito de uma turminha babaca que dizem “não aguento mais, já passou da idade”.
Idade do quê? Idade pra quê? Idade por quê? Idade pra quem?
“Eu entendo a juventude transviada, uma mulher não deve vacilar” ou não pode?
É inegável o valor/poder, a atitude transgressora, avant gard dessa grande diva.
Rejeito qualquer forma de discriminação! E esse é o meu desabafo.
Desde 1983, quando estreou lançando seu primeiro disco intitulado “Madonna”, essa mulher já vendeu mais de 300 milhões de discos. Já foi eleita artista da década pela MTV e pela Rolling Stones. Em suas músicas falou sobre gravidez na adolescência, sobre ser garota materialista, sobre ser virgem… Idéias modernas e renovadoras para a época. Falou da liberdade sexual quando isso ainda era tabu. Tudo isso nos anos 80/90, que, for me, tem os melhores discos dessa minha ídola, cantora, atriz, dançarina, escritora de livros infantis, designer de moda, empresária, dona de gravadora, editora/diretora cinematográfica.
Estou falando de uma carreira de mais de 30 anos, e, detalhe: continua nos holofotes até hoje.
Não tenho a pretensão de escrever uma biografia da Madonna, mas, uma garota que nasceu em Bay City no Michigan, no dia 16 de agosto de 1958, simplesmente gravou seu nome na história da música, e, é inegável: ganhou o mundo!
Seu estilo influenciou milhares de jovens. Nos anos 80 seus acessórios eram extravagantes, enormes crucifixos, muita renda, luvas e meia arrastão.
Era uma rebelde provocadora, sexy, linda e poderosa, com músicas que falavam de sexo e religião, com letras que enfrentavam o pai assumindo uma gravidez indesejada, a condição de mãe solteira… Uma mulher forte que pregou a liberação sexual, e, se tornou um ícone feminista.
É reconhecida como a artista musical mais bem sucedida de todos os tempos pelo Guinnes World Records.
Quebrou todas as barreiras com sua música e imagem em videoclips. E, pelo fato de ser uma figura influente na música contemporânea, é considerada pela revista “Time” como “uma das mulheres mais poderosas do século passado.”
MADONNA LOUISE CICCONE, A DIVA POP.
Não poderia deixar de falar que, o estilista francês Jean Paul Gaultier, (sou super fã), criou/desenhou o corset sutiã-cone para Madonna usar em sua turnê “Blonde Ambition”, em 1990, com várias releituras para várias músicas desse show.
So long!
Diz Paulo Freire: “É próprio do pensar certo a disponibilidade ao risco, a aceitação do novo que não pode ser negado ou acolhido só porque é novo, assim como o critério de recusa ao velho não é apenas o cronológico. O velho que preserva sua validade ou que encarna uma tradição ou marca uma presença no tempo continua novo.”
Muito booooom! Acho essa é a minha matéria favorita até agora, falou tudo o que penso! Ultimamente tem sido bem comum mulheres artistas falando sobre feminismo, libertação sexual, e finalmente confrontando os homens da indústria que fazem questão de se sentirem superiores, mas a Madonna faz isso desde os anos 90 e as vezes parece que ninguém percebe, tanto nas entrevistas quanto nas roupas e letras de música. Acho ela incrível, acho que todas as divas do pop que conhecemos hoje em dia não existiriam sem a influencia dela.