“As tendências surgem e as pessoas dizem: siga essa tendência. Seja como Rihanna, seja como Miley Cyrus, seja como Lady Gaga. Ser como Madonna. Eu não posso ser como elas – exceto na medida em que elas já estão sendo como eu.” (Grace Jones)

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A modelo, cantora e atriz jamaicana Grace Jones iniciou sua carreira de modelo na década de 70 em Paris. Quando raspou a sobrancelha e o cabelo parou de receber convites para trabalhar provando que nunca levou a sério sua carreira de modelo. Mas a partir daí, com essa mudança radical do visual, criado em parceria com o ilustrador, designer e fotógrafo Jean-Paul Goude (com quem se casou e teve um filho), se torna um ícone da moda e cultura pop dos anos 80. Seu espírito livre juntamente com looks ousados/desafiadores/impactantes, atraiu a atenção da vanguarda nova iorquina (virou musa inspiradora de Andy Warhol e Keith Haring) se tornando uma das primeiras figuras na cultura pop a usar looks andróginos, foi ícone gay e iconoclasta. Com muito estilo e uma altura de 1,79 m foi uma grande influência do movimento power dressing dos anos 80.

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Iniciou sua carreira de cantora nessa década (disco e dance) com performances onde encarnava diversos personagens com roupas peculiares e uma forte atitude, atraindo a atenção de artistas como Andy Warhol que a fotografou várias vezes e Keith Haring, o artista gráfico que pintou seu corpo com símbolos tribais e a vestiu com uma armadura de fios no videoclipe “I’m not perfect”.

Influenciou cantoras como Cher, Annie Lenox, Lady Gaga, Madonna. E grifes como Versace e Rodarte. Enfim, uma personalidade que se transformou numa das artistas mais reconhecidas e copiadas do mundo.

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Hoje, aos 68 anos é uma lenda viva que continua fazendo shows principalmente no mundo underground (onde os fãs executam uma verdadeira “caça” para assisti-la) e participando de alguns desfiles.

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Para saber mais sobre Grace Jones, em 2015 ela lançou sua autobiografia “I’ll never write my memories” publicada pela Simons and Schuster.

O artista plástico, grafiteiro e ativista americano Keith Haring (amigo pessoal de Grace Jones) teve seu trabalho refletido e repercutido pela cultura da Nova York dos anos 80.

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Começou a ganhar notoriedade ao desenhar a giz nas estações de metrô de NY.

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Em 1980 começam suas primeiras exposições no Club 57 que era ponto de encontro da elite vanguardista. Pintou diversos murais pelo mundo: em Sidney, Amsterdam, Muro de Berlim, Salvador. Foi o pioneiro da street art. Em 1988 declarou a revista Rolling Stone que possuía o vírus HIV. E em seguida cria a Fundação Keith Haring para crianças vítimas da AIDS.

Muro de Berlim
Muro de Berlim

Sua obra com estilo inconfundível e único o imortalizou com temas como: o papel da mulher no mundo ocidental, religião, música, nascimento e morte, sexo, drogas, culturas: cubana e africana. Mostrava sua preocupação com problemas sociais do mundo.

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Na moda, colaborou com Tommy Hilfiger (tênis) e Zara (casaco). A parceria da Fundação Tommy Hilfiger e Fundação Keith Haring gerou a criação de uma coleção limitada com tênis e botas de chuva masculinos, femininos e infantis com seus desenhos.

Último mural pintado por Keith Haring foi em Pisa, na Itália “Tuttomondo” a favor da paz mundial em 1989, onde cada figura representa um diferente aspecto de paz mundial.

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Em 1990, aos 31 anos morre vítima da AIDS, deixando seu legado (inconformista) para a arte urbana e cultura do grafite mundial.

“Estar no mundo sem fazer história, sem por ela ser feito, sem fazer cultura, sem “tratar” sua presença no mundo, sem sonhar, sem cantar, sem musicar, sem pintar, sem cuidar da terra, das águas, sem usar as mãos, sem esculpir, sem filosofar, sem pontos de vista sobre o mundo, sem fazer ciência, sem assombro em face do mistério, sem aprender, sem ensinar, sem ideias de formação, sem politizar, não é possível”. (Paulo Freire) 

“Qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se desconheça a força dos condicionamentos a enfrentar. A boniteza de ser gente se acha, entre outras coisas, nessa possibilidade e nesse dever de brigar. Saber que devo respeito à autonomia e à identidade do outro exige de mim uma prática em tudo coerente com este saber”. (Paulo Freire) 

Não é mesmo sr prefeito de São Paulo João Doria Jr.?

Suerte!

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