Arte, Política, Saberes, Existências e Resistências
Discutir as temáticas que envolvem a produção em arte e cultura no Brasil; Encontrar caminhos possíveis para o fomento e o desenvolvimento do cenário artístico local e nacional; Refletir sobre as dimensões que envolvem o fazer cultural; Provocar um novo posicionamento frente às novas demandas e urgências da vida social; Construir um diálogo sólido e necessário com os diversos públicos da sociedade contemporânea. Fortalecer os laços que sustentam o trabalho colaborativo e em rede dos diversos setores da cadeia produtiva.
Discutir, encontrar, refletir, provocar, construir e fortalecer são verbos que estruturam e dão o direcionamento para a realização da primeira edição do Seminário: Políticas Culturais. Pensado como um espaço privilegiado de discussão e aprofundamento sobre o trabalho desenvolvido na área da cultura e nas áreas adjacentes que fundamentam o segmento. Será realizado no Sesc Arsenal, em Cuiabá, nos dias 08, 09 e 10 de fevereiro de 2017, com inscrições gratuitas.
A primeira edição do Seminário de Políticas Culturais fomenta o debate e a reflexão teórica e verticalizada de temas que permeiam a cultura. A primeira edição reflete sobre Diversidade e Direitos Culturais – Arte, Política, Saberes, Existências e Resistências. Trazendo para a discussão questões que borram a fronteira do pensamento sobre arte e ativismo político. Visibilizando questões que ainda ficam em segundo plano no trabalho em torno das políticas culturais, como as subjetividades e modos de viver dos povos indígenas e negras, comunidades LGBT’s e o pensamento feminista contemporâneo. Os convidados são representantes dessas comunidades e carregam estes temas como posicionamento de vida, e criam seus próprios modos de existência frente a sociedade. Atuam politicamente, seja como pesquisadores, seja como artistas.
Trazer para o debate esses temas tem o objetivo de ampliar ainda mais as possibilidades e pensamento das políticas culturais do Sesc para além do fazer artístico, encontrando respostas ou provocações para um trabalho frente a cultura que consiga extrapolar as linguagens da arte, e dialogue de forma efetiva com os diversos públicos. Além de possibilitar que o debate chegue até outras camadas da sociedade e possa gerar políticas para a cultura que respeitem a diversidade e ampliem a democracia, o fazer e o acesso às manifestações culturais. É voltado para artistas, gestores culturais, estudantes, professores e todos os atores sociais que estão direta ou indiretamente atuando no setor das políticas culturais e sociais.
As inscrições já foram encerradas, mas além das discussões, o Seminário contempla apresentações artísticas que materializam os assuntos debatidos e podem ser também disparadores de outras reflexões. Performances, apresentações teatrais, sessões de cinema e shows marcam essa primeira edição. Para encerrar a noite o palco no jardim do Sesc Arsenal recebe os artistas nessa programação:
DIA 09/02 – Sesc Arsenal – Gratuito
Performance: GORDURA TRANS – Miro Spinelli
18h30 – Salão Social
Gordura Trans é um projeto artístico continuado e seriado com eixo central na performance e desdobramentos em diversas mídias. Até então foram realizadas doze peças, entre ações ao vivo, fotografias, texto e instalação. Neste percurso o projeto explorou a materialidade e a subjetividade do corpo gordo e suas intersecções com gênero através da pesquisa com diferentes materiais gordurosos e sua potência de transformação de presença da performer.
ALICE – Cia Faces Jovem (Primavera do Leste-MT)
21h – Salão Social – Entrada Franca – (Retirar ingressos com uma hora de antecedência)
Alice não se vê como Fernando e quando começa a ir com roupas femininas para Escola sofre violência de alguns alunos e descaso dos professores que não podem e não querem discutir gênero. Junto com alguns amigos, Alice encontra forças para deixar de se esconder e lutar pelo direito de ser feliz e pensar.
Dia 10/02 – Sesc Arsenal – Gratuito
20h30 – Show Hendson Santana (MT)
Hendson teve a primeira experiência profissional como cantor na banda de Rock progressivo Ayakan aos 16 anos onde tocou nos maiores festivais do estado de Mato Grosso, como Grito Rock, Calango e Convenção do Rock. Um trabalho autoral no estilo Rock’n’roll que proporcionou tocar para um grande público e sempre muito elogiado pelas críticas de sites e revistas especializadas da época entre elas Dynamite e Decibélica. Pelo trabalho na banda Ayakan conquistou o Prêmio Hellcity da Música independente como melhor vocalista.
Após um hiato na sua vida artística, se dedicou ao grupo Gold Jazz que, concedeu ao artista uma aproximação com a linguagem jazzística, e, mesmo muito novo já se apresentava ao lado de músicos consagrados do cenário instrumental brasileiro como o contrabaixista Fidel Fiori, Igor Mariano (pianista), Sandro Souza (baterista) e Sidnei Duarte. Em 2014 Hendson foi destaque na mídia local e nacional e considerado a grande revelação na música em Mato Grosso, participando de grandes eventos como Chapada in Jazz, 50º Expoagro e na Arena Cultural no SESI PAPA durante a Copa do Mundo da FIFA. Em 2015 lançou seu primeiro single e videoclipe em carreira solo da música Ponto Ou Vírgula e hoje toca pela noite de Cuiabá e toda região divulgando seu show Música Gorda.
O Música Gorda é um projeto mais agressivo em que une teatralidade e canções que representam muito a personalidade do cantor, como a Plus Size, que, debate questões da ditadura do peso e Ponto Ou Vírgula que aborda direitos LGBT´s.
20h30 – Movimento Rota – Live Painting
Bastou uma borrifada, digamos assim, um tanto quanto polêmica, para que dezenas de latas de spray tomassem ares de maçaricos e incendiassem jovens mentes em favor do grafite livre nos espaços urbanos de Cuiabá. Foram muros, paredes, viadutos e praças. Agora, a mobilização que deu corpo ao Movimento Rota, ocupa também um espaço institucional de grande relevância para as artes de Mato Grosso, o Sesc Arsenal. O objetivo é que a arte de rua irradie seu alcance e se torne ainda mais acessível ao interferir no cotidiano da cidade.
21h – Show: Kessidy Kess (MT)
Minhas músicas surgem através de vivências, reflexões e protestos, de revolta e alegria. O fluxo da minha vida influência em cada palavra na rima.
21h30 – Show: Ambição Loira – Sarah Mitch (MT)
Sarah Mitch, já com 17 anos de carreira, e uma das principais Drag’s de Cuiabá, apresenta um trecho do seu trabalho Ambição Loira. Um trabalho dividido em quadros, onde Sarah e seus bailarinos estarão dançando, interpretando, cantando e dublando músicas que influenciaram e influenciam a cultura pop. Sarah também provoca discussões e sua performance traz provocações sobre as ideias de gênero, direitos, até mesmo sobre as concepções sobre ser drag queen, sempre com muito glamour e . Ambição loira almeja o amor e a liberdade. O show apresenta músicas do seu EP: “I Am a Man” (com venda nas principais plataformas virtuais) lançado em janeiro, produzido pelos músicos Danilo Bareiro, Eduardo Pesente e Igor Magan. Sarah assina cinco das oito faixas e colaborou em outras duas.
22h – Jaloo (PA/SP)
Músico? Produtor? DJ? Performático? “Acho que o melhor nome agora é artista mesmo, alguém que não é nenhum desses, mas todos ao mesmo tempo”, nas palavras do próprio. Nascido Jaime Melo em Castanhal, região metropolitana de Belém do Pará, Jaloo mora atualmente em São Paulo. Faz música pop, eletrônica e experimental, mas que não parece com nada do que se espera dessas definições. Jaloo remexe as músicas de artistas como Rihanna e Donna Summer, sem medo de sacrilégio, e deixa com sua cara. Jaloo compõe, canta, interpreta, remixa, arranja e produz. Seu primeiro álbum, #1, está saindo agora pela StereoMono, selo Skol Music.