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Nascido no subúrbio de Londres em 8 de janeiro de 1947, David Robert Jones, o camaleão do rock sempre ousou em suas roupas e performances. Estou falando do magnífico, espetacular, deuso (for me), David Bowie.

Dizer que ele era apenas um músico genial é muito pouco já que desde o início de sua carreira ele se destacou também no mundo das artes, do cinema e da moda.

Hoje vou focar na moda. Lendário e vanguardista, deixou seu legado na arte e na moda muito antes de morrer. Influenciou a moda por décadas e fez da liberdade de se vestir o seu lema.

anos 70

Nos anos 70 ele já mostrava a liberdade de ser homem, mulher ou uma mistura indefinida de ambos com a possibilidade transgressora de não precisar se encaixar em nenhuma definição.

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Seu estilo era o glam, usava vestidos e macacões, collants, saltos altos brilhantes. Seu cabelo era curto e pintado de vermelho. Quando usou o tapa-olho que virou o símbolo do glam rock, e o visual pirata assim como o raio, foi muso e inspirador para diversos editoriais de moda, era o fim da barreira entre a roupa masculina e feminina, é a moda genderless (neutralidade de gêneros) de hoje.

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Macacão optical com glitter de Kansai Yamamoto

No começo dos anos 80 já estava diferente, usava roupas largas e pouco brilhantes, foi sua fase minimalista muito antes disso virar moda nos anos 90. O cabelo era curto e loiro. Sabia se reinventar como poucos.

anos 80

Nos anos 90 pediu ao Alexander McQueen (estilista britânico já falecido), que na época era jovem e pouco conhecido no mundo da moda, para criar um casaco nas cores da bandeira da Inglaterra e todo coberto com marcas de cigarro. No fim dos anos 90 começou a usar peças mais clássicas como os blazers coloridos.

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“Fora dos palcos sou um robot. Em palco ganho emoções. É provavelmente por isso que prefiro vestir-me de Ziggy a ser David.”

Ziggy foi seu personagem alter-ego que ele lançou em 1972 com o álbum “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars”.

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Nos anos 2000 abandonou os looks exóticos e adotou um estilo mais clássico com ternos bem cortados e alinhados. Foi a era da alfaiataria.

“Ele foi relevante em vários períodos, os influenciando até os criando musical, intelectual e humanamente. Pessoalmente fui muito influenciado por sua criatividade, sua extravagância, seu senso de moda, brilho, elegância e jogo de gêneros”, diz Jean Paul Gautier, resumindo a importância do músico no mundo da moda.

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Em 2013 a exposição “David Bowie is” viajou o mundo com mais de 300 objetos relacionados ao músico entre trajes, fotos e instrumentos. No museu Victoria e Albert em Londres, bateu o recorde de bilheteria. Em São Paulo no MIS (Museu da Imagem e do Som) em cartaz no ano de 2014.

2013

Morreu dia 10 de janeiro de 2016 aos 69 anos, três dias depois de lançar seu último álbum “Blackstar” (premonição ou despedida?).

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A influência de David Bowie continua forte ou talvez ainda mais viva depois de sua morte. Seu estilo tem sido adotado em várias coleções da últimas temporadas “Inverno 2017” de forma declarada ou não. Marcas como Vivienne Westwood, Balenciaga e Maison Margiela adotaram esse ano plataformas exageradas, botas e sandálias que vão do couro com glitter ao veludo molhado.

Plataformas

Bowie soube muito bem utilizar a sua imagem. Por quase cinco décadas ditou tendências, marcou o glam rock e inspirou desde o street style ao genderless nas semanas de moda das passarelas internacionais. Deixou sua marca registrada. Impossível esquecer!

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Glenda Balbino Ferreira é pianista, publicitária, curso de moda incompleto, empresária dona da camisetaria VISHI e mãe de Theo Charbel, 55 anos.

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