Lauren Wasser (modelo ativista) é uma californiana que pertence a uma nova geração de modelos que fazem uma moda política, abordando algo maior que a representação de uma marca e/ou beleza. No caso de Lauren ela representa a deficiência física dentro da moda.
Sua carreira de modelo começou aos dois meses de idade quando apareceu na Vogue Itália ao lado de sua mãe, é filha de pais modelos.
Aos 24 anos contraiu uma doença rara chamada Síndrome do Choque Tóxico (SCT), causada por materiais sintéticos usados principalmente em absorventes internos.
Em 2012, ela perdeu a perna direita devido à intoxicação causando uma série de complicações, infecções, frequentemente envolvendo a bactéria Staphylococus Aureus.
“Todos sabem que o cigarro pode matar. Quando você fuma a escolha é sua. Se eu soubesse sobre a Síndrome do Choque Tóxico, jamais teria usado absorventes”, disse Lauren que processou a Kimberly-Clark Corporation por ser “negligente” responsável. E desde então tem se dedicado a sensibilizar as pessoas sobre a prevenção da SCT tornando-se uma defensora da doença.
Depois dessa tragédia ela acreditava que sua carreira de modelo não poderia ser mais a mesma.
“Tudo era baseado na aparência”, diz Lauren. Ela desistiu de uma bolsa integral em uma escola de basquete para modelar. Quando não estava modelando jogava basquete para se divertir, fazia aulas de improvisação e fazia ciclismo, 30 milhas em um dia.
Mostrando uma superação incrível, três anos depois, aos 28 anos ela faz sua estreia nas passarelas de moda, desfilando para a grife Chromat/Outono – 2016, na Semana de Moda de Nova York, usando uma prótese de ouro na perna direita.
Acredito que é muito mais difícil para modelos com deficiência receber oportunidade de trabalho do que em relação a diversidade racial e de gênero.
Imagino que a jornada/mudança de vida de Lauren Wasser não tem sido nada fácil, aceitar/acertar as alterações no seu corpo, os chamados desafios físicos, num mundo onde a estética é padronizada/imposta. Sinto também/penso/percebo na importância da beleza que você não vê à primeira vista, da beleza natural, sem pose. A beleza peculiar de um gesto, um olhar, na simplicidade de ver o profundo, onde não existe o feio, mas o belo, o espontâneo e o pueril.
“É verdade que é preciso deixar de ser criança para poder sentir em toda a sua plenitude a força do espírito pueril”. (Augusto Meyer – poeta).
A indústria da moda está percebendo (lentamente) a diversidade da mudança dos padrões de beleza.
O tempo muda, as pessoas mudam, as regras mudam, o mundo muda. O tempo urge infalível, o tempo é outro. Eu sou o outro, eu vejo o outro, diferente. E assim eu vou!
Bonnie Vie!
EMOCIONANTE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (bela matéria)