Por Rodrigo Brito*

Semana passada, além do frio, aconteceu o 37º FIPE – Festival Internacional de Pesca Esportiva em Cáceres com entrada gratuita e shows de artistas do estado de Mato Grosso e nacionais na praça de eventos da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio, Meio Ambiente e Turismo (Sicmatur).

Estive no festival apenas no dia 08 de junho (sexta-feira) e logo de início já foi perceptível a estrutura do evento. A caminhada era entre as várias opções gastronômicas até chegar ao palco e, finalmente, assistir ao principal atrativo da noite: as apresentações musicais, mas não cheguei a tempo de conferir todos os shows.

Foto: Jornal Oeste/Arquivo

Acompanhei a celebração da cultura de Mato Grosso. O Grupo Folclórico Tradição e a Flor Ribeirinha me fizeram vibrar com as belezas do nosso estado. As danças, as cores, as músicas, os sorrisos, tudo muito lindo. Os dois grupos foram excelentes e me deixaram com a sensação de que devo assisti-los mais vezes. Sentir toda aquela poesia mato-grossense é potencializador, é cultivar e valorizar a nossa cultura tão rica de imagens e musicalidades.

Após as inesquecíveis apresentações de Tradição e Flor Ribeirinha, o show iria ser de Salomanos. Confesso que eu não estava muito empolgado para esse show, pois ainda me lembrava do tanto que havia sido cansativo o festival que fui a Chapada dos Guimarães na virada do ano. Apesar da resistência, assisti a performance de peito aberto e, diga-se de passagem, próximo do palco.

Salomanos começou com “nossas raízes”, uma música muito divertida e serve de maneira excelente como uma espécie de “cartão de visita” para quem ainda não conhece a banda. Dias já se passaram e os versos “meu reggae que vem lá da Jamaica/ e hoje em dia se modificou e agora temos o nosso próprio estilo/ foi Bob Marley quem nos inspirou” permanecem repercutindo em minha mente.

O ritmo dançante e de crítica social da banda é trabalhada de uma maneira muito bonita. Em “o caminho”, as letras poéticas, políticas e éticas possibilitam a respiração de ar puro no meio de tantas violações aos direitos humanos que poluem o Brasil.

Gostei do show e como resultado disso, eu já ouvi todas as músicas da banda no canal oficial deles no youtube. E várias vezes. A noite valeu a pena. Salomanos fez uma apresentação digna de encerrar da melhor maneira um palco que desde o início levou a poética mato-grossense.

 

Rodrigo Brito é poeta, mestre em Estudos de Linguagem e psicólogo. 
Autor de Solstício ao Luar (2013) e VISÕES (2015). Twitter: @rodrigoffbrito

 

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