Por Glenda B. Ferreira*

Para começar, quero dizer que sou uma grande admiradora de mulheres, sejam elas, amarelas, negras ou brancas, mulatas, mestiças diversas ou indígenas, i don’t care.

Moda e música são das coisas que fazem a minha vida ficar cheia de graça, very stimulate, além das endorfinas da minha malhação diária.

Confesso que relutei um pouco  (ou muito, hahaha)  com o convite para escrever sobre moda e comportamento aqui no Cidadão Cultura, mas anyway…decidi escrever.

Diana Vreeland

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Nasceu em Paris durante a Belle Époque em 29 de setembro de 1903. Filha de pais ricos passou seus primeiros anos na França antes de se mudar para Nova York na adolescência.

Lendária

Imperatriz da moda

Ícone de estilo

Soberana do luxo

Todas estas expressões foram usadas para descrevê-la. Ela se fez sozinha e transforma-se numa das editoras de moda mais poderosas da história. Inclusive esse cargo de Editora de Moda foi criado por ela.

Começou a trabalhar na Harper’s Bazaar em 1936, e foi até 1962. Tirou de cena nas revistas as conversas de dondocas e trouxe um olhar que misturava a moda à arte, música, literatura e ao comportamento. Em 1962 torna-se editora de moda da Vogue US e ali fica até 1971, quando foi demitida. “Eu tinha 70 anos, o que esperavam que eu fizesse?”

Torna-se curadora do Instituto de Vestuário do Metropolitan Museum of Art.

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“Pais, vocês sabem, podem se tornar terríveis! Por que você não pinta um mapa mundi nas paredes do quarto de seus filhos para que eles não cresçam tendo uma visão muito provinciana de mundo?”. Suas palavras soavam como provocação em plena segunda guerra mundial.

Uma grande característica de Diana era conseguir enxergar o extraordinário, captar o incomum, era uma autêntica visionária, capaz de identificar as novas tendências, como a popularização do biquíni.

1946-bikini-clad-model-dovima-in-green-and-white-polka-dot-by-carolyn-schnurer-photo-by-toni-frissell-montego-bay-jamaica-harpers-bazaar-may-1947No período que acontecia a segunda guerra mundial, Diana Vreeland colocou nas revistas fotos de mulheres de biquíni, fato nunca ocorrido antes. O fotógrafo Richard Avedon afirma que “Vreeland foi a única editora boa de fato”, que ele conheceu. Lisa Immordino Vreeland, casada com o neto de Diana, diz que, “as pessoas adoravam sua personalidade, seus looks e sua extravagância. É uma mulher inesquecível.”

Curiosidades interessantes: ela se comunicava com as pessoas de sua equipe por meio de cartas, bilhetes e memorandos, uma vez que não sabia datilografar.

Em 1966 morre seu marido e ela vai ao velório toda vestida de branco.

Deu uma pirada e começou a frequentar festas. Dançava no Studio 54 e frequentava Andy Warhol e sua Factory. Foi consultora e amiga de Jacqueline Kennedy.

Com o filho e o neto
Com o filho e o neto

Personalidade forte, excêntrica, fascinante, eram os adjetivos que a acompanhavam.

Morreu em 1989, quase cega, acompanhada por um discípulo seu, André Leon Talley, que inclusive veio a trabalhar com outra lenda da moda, Anna Wintour, mas aí já é outra história que você poderá acompanhar aqui em breve. Só pra dar uma deixa, Anna Wintour é a poderosa chefona editora de moda da Vogue US desde 1988 até os dias de hoje.

nastassja kinsk por richard avedon 1981

Foto-A0095*Glenda B. Ferreira, pianista, publicitária, curso de moda incompleto,empresária dona da camisetaria VISHI e mãe de Theo Charbel, 55 anos.

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Glenda Balbino Ferreira é pianista, publicitária, curso de moda incompleto, empresária dona da camisetaria VISHI e mãe de Theo Charbel, 55 anos.

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