Paulo Victor Vidotti*
dia 332 de quarentena.
Conseguimos invadir um terreno e instalar nosso plano 1 de autossuficiência local, pra em seguida seguirmos ao plano 2, o domínio econômico local. Assumi meu novo codinome, Pélvis Presley, tomando conta do terreno com o 02 do CU (comando unido, que é o nome da nova coligação formada pelo CV, PCC e PV – sim, o partido verde), Cleistos Rastas.
Estamos em 95% da primeira fase, fortemente inseridos na sociedade local, a execução do plano 2 começa na próxima semana. O caos reina, as novas capitanias hereditárias do Imperador Bolsonaro começaram a ser dominadas totalmente por americanos, a burguesia dessas capitanias vivem de maneira tranquila, porém com uma regra com o novo comando, a qualquer momento em que um cidadão americano nas capitanias quiser, você por lei é obrigado a performar felatio nele. Rio de Janeiro atualmente tem o maior número de americanos no país, números recordes, com visitas quinzenais do presidente Trump, com frequentes reuniões nos aposentos privados do Imperador.
Muita gente tá morrendo na luta diária, a Covid-19 sofreu mutação nos EUA e depois veio pro Brasil, que assume o primeiro lugar no mundo de infectados da agora Covid-20, e passa a infectar o compasso moral das pessoas, tornando-as frias, calculistas e nos piores dos casos violentas.
Começamos testes de cura através de vibrações acústicas, temos tidos diversos resultados, procuramos um meio efetivo de pelo menos diminuir a violência pra voltar a combater só a gripe e não o fascismo. Temos que ser mais assertivos na hora de comunicar, assumindo a criação e distribuição diária em duas partes de um boletim diário de notícias com o Anonymous.
Todas as transições monetárias de grande escala fora das capitanias são somente feitas com criptomoedas e ouro. Não existe mais a antiga moeda, o Real. As coisas básicas do dia conseguimos suprir, em poucas oportunidades de excesso conseguimos fazer transações locais através do escambo. Escuto barulhos de tiro.
Volto adiante com mais informações.
Pélvis Presley.
*Paulo Victor Vidotti é um artista cuiabano com pretensão a expansão mundial, em época de covid19 a revolta e ódio no coração desse jovem brasileiro tem se transformado em arte, em todas as mídias possíveis, sem passar pano pra político ou bilionário safado. Arte em prol do entretenimento e educação do que fazer e como seguir adiante nesse presente quase pós apocalíptico.