Quem disse que a mentira tem perna curta mentiu. Esse deve ter a perna curta, ou a mente desconectada. Em tempos da tal pós verdade a mentira tem as pernas looooooooongas.
Mais de sete léguas comendo a língua do gato.
Aliás, a língua virou prato feito pra quem gosta de saborear uma boa mentira sem nem saber se tal fato é real ou criado a partir de versões. Sim, a versão é dez vezes mais eficiente que a narrativa neutra (????) aliás, quem fala em neutralidade no jornalismo é outro mentiroso. Não dá para eliminar o narrador e suas contaminações. O olhar de quem vê, o olhar de quem narra.
O olhar de quem não vê, essa é uma nova categoria de seres humanos estatisticamente comprovados. Será que isso é achismo? Cadê seus dados? Minha percepção de realidade é maior que a realidade. Pronto, falei! É assim que funciona. Cheio de verdades navegando no mar de mentiras.
E a figura da meia verdade, existe? –Eu disse umas meias verdades e ele acreditou! Caramba, que tempo de difícil assimilação, é muita simulação de realidade. Tudo simulacro, diria o filósofo pós tudo. Entre derridas e deleuzes não sei se prefiro a verdade socrática ou a emblemática Nietzscheana, ou o banquete platônico plantando republiquetas?
Acho que vou tomar uma cachaça! Não!!!! Palavra vã, cachaça tá fora de moda desde a república de Curitiba. Lula lá, na cadeia de eventos forjados no modelito de Kafka. Já leu O Processo? Tá pior que Gregor Samsa, tá pior que a metamorfose ambulante de Raus seixas. Tá falando de Raul ou de Franz? Kafta neles! Naftalina em nós, querem atrasar nossos relógios na Ilha dos bananas brasilis, ops, Ilha do Bananal, mas o que é isso? São ficções mínimas borgeanas a beirar bibliotecas infinitas em nossas mentes que brilham sob o causticante sol cuiabano.
Caramba, isso aqui virou uma salada sem pé nem cabeça. Eu te respondo que saladas não têm cabeça nem corpo nem membros. Cuidado com as palavras feias, membros lembram falos, e aí já não falo mais nada. Pois falo lembra ator pornô e ator pornô lembra Congresso Nacional. Ops.