Tenho repercutido aqui as movimentações culturais que vêm acontecendo no interior de Mato Grosso. Uma agitação da galera roqueira da capital em união com bandas de algumas cidades no estado vem consolidando um movimento interessante e gerando festivais de rock produzidos a partir da soma de seus próprios esforços. Sem muita onda, a galera se une e produz com recursos escassos mas com uma tremenda vontade de fazer as coisas acontecerem.
Um dos realizadores desse movimento é o Charlyes das Matas da banda Lord Crossroad: “Estamos nessa congregação de várias bandas cuiabanas, sempre nos encontrando, discutindo e procurando mecanismos para nossa sobrevivência. O Festival dia Mundial do Rock nos deu essa oportunidade de aproximar das bandas do interior juntamente com outras de outros estados. De lá pra cá, estamos vindo em um movimento crescente. Já tocamos duas vezes em Tangará da Serra com a parceria estabelecida com a banda RED Eyes. Fato que chamou a atenção de outras cidades e a partir daí estamos desenvolvendo outros projetos.”
Dia 29 de outubro será a vez de Peixoto de Azevedo, bem lá no norte do estado de Mato Grosso, que vai abrigar o Festival Chamado com várias bandas de rock. A realização fica por conta de uma parceria entre a galera de Cuiabá e um grupo de artistas da Tatuagem, que se uniram a favor do rock’n roll. Charles conta que está encabeçando o movimento com apoio total de Billy Espíndola, Zumbis Suicidas, Esmalthes e Camila Fidélis e os Fora da Lei e que seus encontros têm acontecido no Espaço Toma, que fica no Bairro Santa Helena em Cuiabá, “além disso em breve lançaremos uma coletânea de rock autoral cuiabano (RAC) em parceria com a Ativas Disco.”
Ao ver tamanha movimentação a moçada de Colíder entrou em contato com o grupo e resolveu reativar um antigo festival que produziram na cidade em 2012 e que irão retomar agora, já marcado para acontecer no dia 12 de novembro, o Festival Leitura Rock 2, “a intenção é reunir bandas autorais e covers. Todos juntos pela causa, promover intercâmbios e construir juntos pontes que nos levem adiante”, diz Charlyes com bastante convicção.