Ontem, morri
Subi no alto das Montanhas da paranoia
Morri de febre, morri AVC
morri de câncer
Sofro de morrer
morro todo dia
Na frente e por detrás dos espelhos
Narciso invertido
o Feio de mim aflora no portal de notícias
Congelei nas fontes infernais
hídricas caldeiras da sopa cósmica
temperada a humanos
Deitei na cama gelada do frigorífico
e beijei, beijei os frios lábios
da morte