Conheci Jamaika através de uma indicação de meu amigo Gabriel Lucas Scardinni, apresentador do Sala de rock na Rádio Assembleia, viciado em pod cast, amante e grande conhecedor da música e da cultura pop. Gabriel é um cara hiper ligado na produção cultural humana, uma dica dele vale muito. Fiz contato com Jamaika e pude perceber a similaridade do trabalho intenso de divulgação que também venho fazendo com a música mato-grossense. seu método é incrível. simples e direto. Ele dispara músicas e apresenta  bandas e autores em diversos canais de radiodifusão, rádios e web rádios espalhadas por vários lugares.

Quem é o Jamaika?

Meu nome mesmo é Redson, sou natural de Alta Floresta, norte do Estado de Mato Grosso, atendo pelo apelido de Jamaika que mais tarde aderi como nome artístico. Morei parte da minha infância em Cuiabá e Rondonópolis e desde 1997 sou morador de Campo Novo do Parecis, 397 km da capital mato-grossense, onde desde a adolescência sou um movimentador cultural com a experiência adquirida pelos anos trabalhados no Governo Municipal onde também fui aluno das oficinas oferecidas na Secretaria de Cultura e além de ator, sou autor, diretor, cantor, compositor, vocalista e um dos fundadores da banda Impressão Digital criada em 2001, banda essa que possui duas canções de minha autoria gravadas, Dia de Li (2014) e Pra Chamar Tua Atenção (2020).

Por que a música?

Desde pequeno sou apaixonado por música, dos mais variados estilos, mas sempre com um pezinho no rock, estilo de minha preferência. Sempre gostei de batucar em objetos e fazer barulho com a boca, o que me fez participar da Fanfarra Municipal de minha cidade e com o tempo assumir o posto de instrutor e no mesmo período quis ser o baterista da minha recém criada banda, porém, como gostava de cantar abandonei o posto e assumi os vocais.

Quando e como começou essa forma de divulgação e valorização da música mato-grossense?

Fiz uma pesquisa e descobri várias gravações de artistas e bandas aqui do nosso Estado. São vários singles, EP’s e até mesmo álbuns completos lançados em décadas diferentes, como por exemplo o disco “Lenha – Brasa e Bronca” da banda cuiabana Jacildo e Seus Rapazes de 1966, “Strauss”, “No Cover” da Doctor Mabuse, ambos de 1995, Caximir” de 2000 e “Por Favor, Me Entenda Mal!” da Belina 5:15 Am de Tangará da Serra lançada em 2018. Confesso que antes de fazer esse levantamento não tinha conhecimento de boa parte desses artistas e bandas e muito menos dessas canções. Por ser amante da Cena Independente e após levantar um bom material, criei o MOMENTO EXPROROCK, quadro no qual faço diariamente uma indicação em Rádios.

 O meio mídia rádio continua vivo?

No início de 2020 gravei com minha banda nosso segundo single autoral “Pra Chamar Tua Atenção” que até hoje é muito bem executada nas rádios locais, coisa que me deixa muito feliz, pois mesmo com as facilidades das Redes Sociais, vejo que o rádio ainda é muito forte na divulgação de trabalhos e é o grande causador de emoções aos artistas ao ouvirem sua obra sendo executada, chegando aos ouvidos de forma direta a um público mais diversificado.

 Quantas e quais rádios consegue alcançar?

Até o momento o quadro Momento Exprorock faz parte da programação de 8 emissoras entre rádio e web rádios, sendo elas as rádios Super FM e Cidade FM daqui de Campo Novo do Parecis, Rádio Assembleia de Cuiabá, Rádio Serra FM de Tangará da Serra, Rádio Só Toca Rock de Cuiabá, Rádio Ixpia Rock de Cáceres, Rádio Resende Rock do RJ e Rádio Versão Brasileira de SP. O objetivo desse projeto é fazer com que mais rádios do Estado executem ao menos uma vez essas obras que foram gravadas com muito amor e dedicação de forma independente, muitas vezes com um custo elevado e nunca tendo a oportunidade de serem executadas numa rádio.

 Qual o seu interesse em fazer isso?

Ah, sem dúvidas é fomentar o trabalho independente, a cena que tem grandes bandas e mesmo que muitas não estejam mais na ativa o seu material está vivo e precisa que mais pessoas tenham acesso, já que como disse um dia o saudoso Renato Russo “No fim das contas o que fica é a música” e isso nosso Estado tem de sobra e de qualidade.

 Como vê a cena musical de MT?

É até um pouco complicado falar sobre isso. Embora eu tenha me apaixonado por muitas músicas do Rock MT, vejo que infelizmente ainda é uma classe meio desunida, tipo, no sentido de haver uma resistência em se ajudar, entende? Com tantas redes sociais, existindo várias formas de compartilhamento e tudo mais, vejo uma galera, até mesmo integrantes de outras bandas que prefere falar mal do trabalho alheio, seja música, vídeo ou até mesmo um movimento como um festival do que divulgar, mas acredito que em algum momento isso possa ser diferente (rs). De qualquer forma continuarei na batalha.

Para onde vais?

Como disse, vou continuar oferecendo o projeto passo a passo para mais rádios tanto do Estado quanto de fora, seja em passos de formiga ou barulhento como o canto da cigarra.

 Para onde vamos?

A ideia é crescer o projeto e claro, o festival também e que um dia no futuro possamos fazer edições com mais bandas de cidades diferentes em mais de um dia e, porque não, com a participação de bandas nacionais, hein?!

 

INFORMAÇÕES: Jamaika
(065) 99638 7244 Fone/Whats
exprorockfestival@hotmail.com
www.instagram.com/exprorock
www.facebook.com/exprorock

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