*Por Gabriel Lucas Scardini Barros

Junho de 2015, uma atitude precisava ser tomada. Nunca quis me desfazer de um livro sequer e por isso acumulei quase quinhentos.

Há quase três anos, tinha em casa um quarto cheio de caixas de livros e agora havia um motivo muito bom para arrumar as coisas: o espaço precisava se tornar um quarto de bebê.

Foi uma viagem pela história da minha vida através dos livros que li.

O primeiro trimestre de gestação já havia passado, inclusive sabíamos que fomos agraciados com uma menininha, e com a perspectiva de me tornar pai, resolvi que apresentar toda essa bibliografia para Maria Luisa (a futura dona do quarto) seria um desafio amedrontador para mim e para ela.

Em um mês revi centenas de livros e com isso revivi emoções da época em que li cada um deles.

Alguns dos livros que seguiram seus caminhos. No fim, mais de dois terços dos livros foram passados para frente.

Os critérios para que um livro permanecesse foram variados: os melhores livros de cada autor (e como eu tinha livros do Gaiman e do Cornwell) até aqueles que eram mais importantes pelas dedicatórias.

Os livros seguiram seus caminhos graças à grupos do Facebook de desapego (e ainda preciso entregar alguns livros para alguns amigos). Também aproveitei para atualizar o Skoob e me inscrever no Livra Livro.

Pretendo passar para frente alguns livros todos os anos.

Meu primeiro ato de paternidade me ensinou a ser uma pessoa mais desapegada e ter um pouco mais de foco no que realmente importa. Pode vir, Maria Luisa, que papai já tem muitas histórias para te contar.

*Gabriel Lucas é flamengo e tem uma (Mariana) Tereza e uma Maria Luisa. De vez em quando escreve no Factóide e para os Destemperados. As sextas apresenta o Sala de Rock na Rádio Assembleia.

Compartilhe!

Deixe um comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here