Por Diego Borges*
expurgar o pensamento, mal pressentimento. o mal estar, o que não cabe. quando as cores se misturam tudo borra. quando a voz desafina tudo encolhe, range, esfria. cúspide de capricórnio ou mero limbo de estrelas, quando não vai, tudo para. nesse momento é preciso parar também. e só estar. sem fotos, sem likes, sem ninguém ao lado. é preciso respirar. aaaii como seria daqui pra frente? seria, sereia, seremos? onde quer que eu me exploda, vou fazer em versos, para não morrer de tédio, ao menos. o mais singular disso é o fluxo. o mais maluco disso é o estado de poesia. para e olha pra ti, por um momento você vai querer seguir a diante. deixemos de olhar o umbigo para ver as estrelas, elas sim são infinitas.
*Diego Borges é ator, produtor e diretor, gosta de lasanha e viajar.