Por Paulo de Tarso*

Lançado em junho de 1967, o oitavo disco do quarteto de Liverpool elevou  a cultura pop a uma condição de coisa muito séria, pois mesclou desde sons indianos, musicas folclóricas e uma erudição até então nunca vista em termos de banda.

Agora uma pequena viagem ao mundo mágico dos Beatles e sua revolução musical detonada – que apaga velinhas pelos seus 50 anos. Lançado em 1 de junho de 1967, o oitavo álbum feito em estúdio pelos Beatles elevou o rock a grande arte, pois incorporou em sua narrativa super experimental elementos musicais de diversas culturas. Por incrível que possa parecer, a cultura jovem que explodiu nos anos 60 conheceu, sim,  a maturidade por meio de Sgt. Peppers. Início de tudo, vale lembrar, que a sua capa mostra e homenageia deste do escritor irlandês James Joice, a atriz americana Mae West, não esquecendo do guru indiano Mahavatar Babaji, e muitos outros lembrados pelo coração solitário da banda do sargento Pimenta. A capa tornou-se um marco cultural por si só. O disco foi reconhecido e aclamado pela sua qualidade e também pelo seu alto teor criativo, a ponto de, nas altas cortes da musica erudita, o maestro Leonard Bernstein  dizer quer a música  “She’s  Leaving Home” – era uma das mais belas canções feitas no século XX – compositores eruditos, maestros, e muitas personalidades do mundo musical se renderam a esse momento grandioso dos meninos de Liverpool.

bookletO novo lançamento do álbum (comemorando 50 anos de lançamento) tem outros momentos que não foram colocados na versão original, riquezas como o cravo de “Fixing a hole“ – a bateria de “A day in the life“ ganha volume generoso e destaque na marcação rítmica da música, o mesmo pode se dizer das cordas escritas com maestria pelo quinto Beatles, Sir Jorge Martin.

Uma  inverdade dizer que os Beatles não se entendiam mais em termos de trabalho no estúdio, pois o álbum mostra uma harmonia absoluta entra as ideias dos quatro e mais o talento gigantesco de Jorge Martin.

O álbum  Sgt. Peppers resume de forma criativa e bem humorada a efervescência  e inconsequência dos anos 60, mas, está longe de ser um álbum datado, pois tornou-se uma referência viva para artistas das gerações seguintes.

Sgt. Peppers, 50 anos de pura magia, música e bom humor daqueles que vieram para revolucionar o mundo pop e ganhar a eternidade entre acordes, letras e ideias que nos levaram ao maravilhoso universo de entender que arte mais do que nunca tem como função causar provocação, desconforto, rupturas e, principalmente, transformações.

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She’s  Leaving Home

Fixing a hole

A day in the life

*Paulo de Tarso é produtor musical, pesquisador, jornalista e radialista. Palmeirense, é claro!

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