Por Rodrigo Brito*

 

Dia 26 de maio aconteceu a última edição de Cerrado Fuzz Festival. A programação contou com Os Canalhas, O Mormaço Severino, Disaster Cities e Dead Fish. Infelizmente a banda Hellbenders não conseguiu comparecer ao show devido à falta de combustível nos postos de Goiás.

Rodrigo Lima (vocalista de Dead Fish) no vídeo para convocar as pessoas ao show, disse que o evento iria ser “sensacional, colossal e genial”. Acredito que os adjetivos selecionados refletem muito bem sobre como foi o festival. Além da programação musical, destaco também a excelente estrutura da chácara Recanto dos Angicos, o chopp da cervejaria oktos, a Kombi vinil 70 e a praça de alimentação com Churrasco Pirata e doce João e Maria.

Disaster Cities

Para incentivar que o festival continue a crescer e que aconteça mais vezes, decidi coletar os relatos de algumas pessoas que estiveram presentes nesta quarta edição.

Vanusa Rodrigues – A cada ano tenho me surpreendido mais com o evento, seja pela parte da organização técnica, seja pela qualidade das bandas que se apresentaram no Cerrado Fuzz Festival. Os shows foram incríveis, pois casaram bem na sequência que foram apresentados ao público. Abrindo o evento com o show dos Os Canalhas, numa pegada rock clássico, blues e bastante instrumental que teve uma leveza e harmonia perfeitas para o início do evento. Quando O Mormaço Severino subiu ao palco já sabíamos que o ar tinha mudado e fomos lançados numa espiral de sensações que iam desde a psicodelia ao underground, vibrando com a macumba e o triângulo. Um êxtase. Mas, pessoalmente vibrei com Disaster Cities, que trouxe tudo num som só, e com tudo misturado fiquei atônita na frente do palco hipnotizada pelo sintetizador. E pra encerrar o som rápido, contestador e impactante do Dead Fish, que fez a gente sair do chão, literalmente.  Cerrado Fuzz Festival é sem dúvida um evento a ser lembrado como uns dos mais importantes para rock/metal autoral brasileiro em nossa região.

Os Canalhas

Gabriel Aguiar – O 4º Cerrado Fuzz Festival me surpreendeu, foi um evento que mostrou que a música autoral está ganhando espaço, e que ainda existem bandas novas fazendo músicas de qualidade no Brasil. É bom ver que, aqui na cidade, onde predominam o sertanejo e o funk, outros estilos musicais estão ganhando espaço na agenda cultural. De todas as bandas que se apresentaram, a que mais me chamou a atenção foi O Mormaço Severino, banda da cidade de Cáceres, que faz um som diferente, melódico, misturado com declamações de poesia, e diversos instrumentos de percussão. Espero que as próximas edições façam cada vez mais sucesso, e tragam boas novidades, como esta trouxe.

Carla G. de Sá – A cada edição é nítido o amadurecimento da produção do evento, super profissionais tanto na escolha das atrações quanto na qualidade do local, som, alimentação e tudo mais. Está entre os festivais undergrounds mais cativos e importantes de MT, satisfação sempre poder participar!! Vida longa ao Cerrado Fuzz Festival!

Kamila Ázara – Cerrado é um evento que vem se consolidando a cada edição. Trazendo sempre bandas autorais e de qualidade pra nossa cidade. Uma festa de qualidade que brinda encontros.

Flávio Trovão – O festival foi muito bom! As bandas tanto de Mato Grosso quanto de fora mostraram um som contemporâneo, mas completamente enraizado no melhor rock internacional! O show do Dead Fish fechou com chave de ouro, aliando letras e ritmo agressivo e reflexivo, fazendo com que as “pedras” de Rondonópolis rolassem com tudo naquela noite! Noite de Rock’n Roll bebê!

 

Rodrigo Brito é poeta, mestre em Estudos de Linguagem e psicólogo. Autor de 
Solstício ao Luar (2013) e VISÕES (2015). Twitter: @rodrigoffbrito

 

Comentário

Deixe um comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here