Um velho hábito que venho cultivando ao longo do tempo é o de, logo ao pular da cama, abrir todas as abas que me mantêm informado do que vem acontecendo na cidade, no estado, no país, no planeta terra. Uma vista panorâmica nos acontecimentos de A a Z e algumas coisas chamam a atenção pelo apelo bizarro. Se, bizarro já configura excesso, existem bizarrices que beiram o excesso de insanidades. Loucos ao quíntuplo habitam nossas páginas e vizinhanças. Nos últimos dias assistimos estarrecidos as ameaças de um lado e de outro entre a Coréia do Norte e os EUA, e confesso a você: num desses dias acordei com a sensação mórbida de que o mundo estava a um passo do fim. Principalmente, quando nos deparamos com as figuras destemperadas e arrogantes dos presidentes Kim Jong-un e Donald Trump, com ameaças e dedos em riste disputando quem tem mais capacidade de incendiar o planeta. Uma guerrinha de egos e arrogância imperialista. Quem dá mais, quem pode mais, quem tem mais poder de persuasão forçada com um míssil no pescoço um do outro?

kim-jong-un-attack-donald-trump-729463Mísseis goelas abaixo, vamos confrontando essas coisas com nossos estados emocionais. Isso influencia sobremaneira nosso espírito assombrado. Como diria o Zé da esquina, “não sou filho de pai assombrado”. Mas, imaginar o planeta ardendo em chamas nucleares e enxames de humanos zumbizando por aí em busca de água, comida e paz de espírito, convenhamos, não é o mundo que sonhamos, não é a vida que pedimos aos deuses. Aliás, os deuses deviam se reunir e entrar num acordo para decidir o que fazer com essa raça de humanos que ameaça cuspir na própria cama que dormiu. Vomitar no próprio prato que comeu. Pisar nas flores que plantou em seus jardins. Jogar mísseis nucleares sobre as cabeças de jovens, crianças, idosos, mulheres e nosotros todos. Belo presente de grego num autêntico cavalo de Trump.

Trocadilho infame me acomete: as Trumpetas do apocalipse!

Kim Jong-un? Minino mimado que gosta de construir bombinhas para brincar de São João.

De notícia em notícia as insanidades vão contaminando nossa história e ao mesmo tempo limpando as consciências ante a escala de atos bizarros em tempos de uma barbárie muito mais evidente que em outras eras, pela velocidade com que disseminamos as informações. Agora leio que um sujeito estupra uma cadela, e filma o ato, exibindo seu poder de macho.

Mas, a bizarrice não para por aí, outra cena, um procurador de uma instituição legislativa em Mato Grosso é preso em uma cena em que resistiu à prisão com uma faca na mão e uma garota de programa aos faniquitos resistindo ao suposto ataque após uma noitada de farra em apartamento do referido sujeito.

agrotoxico-x-producao-organica-750x410Os absurdos não param: O governo prepara uma medida provisória para afrouxar as regras de registro de agrotóxicos no País. O texto, redigido pelo Ministério da Agricultura com a colaboração do setor produtivo, cria uma brecha para o uso de defensivos que hoje seriam classificados como cancerígenos, teratogênicos (com risco de má-formação nos fetos) ou com capacidade de provocar mutações celulares. Atualmente, qualquer produto que preencha alguma dessas características é proibido de ser lançado no Brasil.

Valha-me! Governo frouxo como as mãos titubeantes de Temer que riscam o ar, dúbias anacrônicas e professorais.

O conselho de ética se reuniu e deliberou: melhor não abrir as páginas da insanidade que levam a estados de catatonia, uma grande parcela da população, a mesma, que reza a cartilha do velho e bom monge habitante das montanhas, que senta-se no alto e medita deixando as coisas passarem por que as coisas apenas passam e não podemos lutar contra isso.

Cronos, do alto, sorri e arreganha sua bocarra, à espreita do menor movimento.

 

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