Por André Balbino*
Violas de todo o Brasil invadem Cuiabá, mais especificamente o Sesc Arsenal. Mais um projeto maravilhoso de mapear e mostrar a diversidade de nossa música e instrumentos musicais específicos de cada região do Brasilzão nosso, é o Sonora Brasil, tem violas pra todo gosto.
A programação abriu com o show VIOLAS SINGULARES, são instrumentos típicos de algumas regiões do Brasil que quase não saíram para “passear” por outras regiões, como exemplo temos a viola de cocho, aqui da baixada cuiabana, com o musico Sidnei Duarte, temos a viola fandanga ou caiçara, essa viola conhecida mais no norte do Paraná ou sul de São Paulo, com o músico Rodolfo Vidal, e também a viola de buriti da região do Jalapão no Tocantins com o músico Mauricio Ribeiro.
O projeto Sonora Brasil, em sua 18ª edição, está circulando o país desde o ano passado com os temas Violas brasileiras e Sonoros ofícios-canto de trabalho; as apresentações são totalmente acústicas visando uma interação total com o público presente.
Hoje, no segundo dia, 8 de junho teremos VIOLAS CAIPIRA, Levi Ramiro e Paulo Freire, representando a viola sertaneja, assim nomeada no sudeste a nossa violinha caipira, os dois violeiros são do estado de São Paulo; dois violeiros conhecidos nossos por cá, Levi é mais popular, Paulo passeia pelo jazz e erudito
As VIOLAS NO NORDESTE são apresentadas no dia 9, com o trio formado por, Cássio Nobre, Adelmo Arcoverde e Raulino Silva, três representantes das variantes da viola no Nordeste, o Cássio da nova geração com a viola Machete do recôncavo baiano, Adelmo a viola erudita/popular do sertão e Raulino com a viola repentista.
E no dia 10 de junho, VIOLAS EM CONCERTO, com Fernando Deghi e Marcus Ferrer, a violinha caipira no erudito total, com repertório colonial e contemporâneo, os dois violeiros já se apresentaram por cá, em Rondonópolis eles farão um workshop de viola, Marcus é musico erudito e toca a viola de forma contemporânea, o Fernando passeia por todas toadas mas também tem um trabalho voltado pro erudito.
Mais um presente pra quem ama a boa música de viola caipira que nunca se limitou aos pagodes e aos sertanejos copiadores dos grandes mestres do passado. O ingresso é um litro de leite, mais informações no site do SESC.
*André Balbino é violeiro, desenhista, pintor e poeta nas horas vagas. Nascido em Guiratinga MT.