O rock cuiabano abre as cortinas para uma comemoração que dá base para uma história que vem se acumulando há umas boas décadas: 10 anos de existência da banda Sr. Infame. Formada pelos persistentes e talentosos Jomar Brittes nos vocais e composições; Jacaré, ex uma porrada de bandas, como GTW, Karrascos; Anderson, de volta na guitarra e na força que sua vontade emana para dar continuidade ao projeto; André Murilo também na guitarra e Maicol Fernando na bateria, enfim, uma banda que resiste e insiste num ponto: o que importa é tocar o velho e bom rock n roll pesado. Nunca parar, avançar de todas as formas, sem frescura e fazendo a festa acontecer a despeito de quaisquer dificuldades.
Anderson Fofão, servidor público, da Universidade Federal de Mato Grosso, guitarrista da Sr Infame começou na banda trash metal Karrascos, também tendo como parceiro o Jomar. Após a experiência com a Karrascos criaram a Sr. Infame, para fazer um rock mais “suave”, um rock mais setentista, que logo criou uma identidade própria e passaram a compor suas próprias músicas. Roberto Poison era o baterista na primeira fase da banda. Em 2008 Anderson foi para Campo Grande e ao retornar recentemente voltou a compor o grupo, substituindo o Fernando.
Aldivan, o Jacaré, baixista, é de Corumbá, começou cedo na música. Chegou em Cuiabá e conheceu o Batman, Jair, Marcelo Toiça, se enturmou com a rapaziada roqueira do pedaço e com uma sorte grande de cara já tocou na lendária GTW, na época que o Marcelo Trash assumiu a guitarra da banda, logo após a saída do Capileh Charbel. Tocou também na Attak Sonoro, com Rodivaldo no baixo, Jacaré na guitarra, Mamute no vocal e Gustavo na bateria. “Em 2007, o Jomar e o Fofão me chamaram pra integrar a Sr Infame após a desistência do Magrão da Gorempire que no primeiro ensaio com a galera largou mão pois todos se atrasaram e o cara desistiu.”
Jomar é outro veterano e agitador roqueiro, já tocou em várias bandas, como Bloqueio Mental, Karrascos e Indício Suspeito e há dez anos comanda o vocal da Sr Infame.
No Samanbaia bar próximo a avenida Fernando Correia, nas imediações do Boa Esperança, onde tocou Remorse de Rondonópolis, Fantasma e Nidhog, que lançava um clipe, também rolou treta com a galera do bairro e foi pau pra todo lado, até tiro saiu, alvejando um carro Passat do artista Adir Sodré, que havia nos doado uma tela para financiar o show. Para pagar a produção, que fazíamos na marra, pagar som, divulgação, essas coisas. O clipe foi produzido por nós na época, com equipamento precário mas muita criatividade e disposição. Recordamos também de uma briga histórica do Sheeba com o falecido Ceará num show no Bar do Léo, na rua Hum do Boa, parando o show, com toda a galera ocupando a avenida, enfim, é muita história pra relembrar. Fomos perfilando histórias que dão uma legitimidade danada ao rock cuiabano. Aqui era casca grossa, o meio rock era duro.
Ferreira o bar do Boa Esperança era “Samambaia”, ô Jaka aquele quibe de peixe “tava” demais mano véio, no aguardo do show…
Corretíssimo, Balbino, aproveitando as maravilhas da tecnologia, corrigido, grato pela colaboração na edição! Não sei de onde tirei Saramandaia, rsrsrs, deve ter sido um lapso tipo síndrome de Dias Gomes. Vlw!