Por Lis*
Aquela pena
Desafiando a gravidade
Acompanhando o vento
Pertencimento
Onde repousava
Raramente parava
Pairava
Sem asas
E quando chovia
Se recolhia
Na dose de agonia
Do amargo dia
Amava as águas
Mas pouco entendia
Que hora iria
Hora viria
E quando secava
Retomava a falta de rumo
Aspirava o consumo
Do ar que rodeava
Na estrada
De um belo crepuscular
Nas janelas: o lar
O movimento a latejar
Colecionando feito Dédalo
O que nos céus desprendiam
Entre o sol e o oceano
Aprendera a voar
Secas ou molhadas
A beleza de suas barbas
São inúmeras jornadas
Que na pele serão talhadas
*Poetisa, desenhista, louca, enfermeira, apaixonada, é amante da natureza e nas horas vagas trabalha como professora e pesquisadora