Eu lembro quando o conheci. Chegou no meio da roda dos nossos amigos em comum e começou a narrar o filme Lanterna Verde, que havia acabado de assistir no cinema. E inundou a todos com detalhes minuciosos. Parecia que estávamos diante de uma película. Interpretada. De lá para cá, fomos nos descobrindo, trocando textos, escrevendo um sobre o outro. Mas, Thales de Mendonça é um Universo a ser descoberto. Ele não só escreve, ele faz filme, atua, dança, canta, e só falta sapatear! Ele sente. É um artista. E hoje, nesta sexta-feira, dia 24 de junho, com muita honra o Cidadão Cultura lança seu primeiro livro, o e-book “D3-VA” da série “Infornografia”.

São três anos de pesquisa com doutores em biologia, mestres em física e engenharia, além de estudos próprios sobre fungos, rochas, alterações climáticas e avanços tecnológicos, que resultam em um universo futurístico. Thales conta que foram seus primeiros quatro anos morando em São Paulo, resultaram na série Infornografia.

capa7A (1)“Depois da pesquisa, comecei a desenvolver a história, montar a esquemática, separar os capítulos, qual informação eu queria dar em qual, como faria as revelações dos pontos importantes da história. A cada mês eu escrevia um capítulo e o livro foi se escrevendo no decorrer do ano, a cada capítulo novo que eu ia lançando e escrevendo. Demorei um mês para cada capítulo, eles tem quatro páginas mas são muita informação. Então as primeiras semanas são só estruturação. O livro não estava pronto quando acabou a pesquisa, só o esqueleto. O livro surgiu a medida que foi publicando, e cada capa que eu desenvolvi o conceito junto com os capítulos”, explica Thales.

Em uma realidade em que seres humanos, alienígenas e máquinas se confundem, o autor cria um ambiente fantástico que faz o leitor se embrenhar nesta teia de possibilidades, que avidamente nos une ao protagonista em sua ânsia por respostas. Os minuciosos detalhes de D3-VA ajudam a criar esta aura enigmática em que cada capítulo é um passo revelador na incógnita que é o “Prisioneiro”.

A edição foi feita de maneira independente e sem revisores profissionais. Eu fui uma das que desenvolveu esse trabalho, e agradeço a oportunidade de poder absorver esta experiência infornográfica em primeira mão. As capas foram feitas pelo próprio Thales, que meticuloso e minucioso, precisa dar vida à sua imaginação e criatividade. Seu presente é prover ao mundo, uma parcela do que borbulha em sua mente.

A ideia de surgir como um e-book de contos era justamente para atender a nova geração de leitores virtuais e incentivar o mercado de e-books no país, que está crescendo. O livro pode ser comprado na Amazon para todas as plataformas (pc, celular, iphone, ipads e ebook readers) e agora está em processo de tradução para o inglês e o alemão. Todos os links para os contos separados e a versão única já estão disponíveis na Amazon e estarão à partir de segunda-feira (27) no site do autor

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A cada página, nos aventuramos em camadas e camadas de memória que nos levam à trilha traçada por um “Prisioneiro” em busca de respostas para o mistério que o aprisiona. Sem ter acesso à memória causa de seu tormento, inicia sua jornada para descobrir a verdade por trás de sua perseguição.

Por que não se recorda de uma cerimônia que parece ter terminado de forma trágica? Seria trauma? Seria um pane em seu sistema? Seriam seus inimigos comandando seu corpo e sua mente? Motivado por sua ignorância, parte nesta empreitada frenética para descobrir qual é a resposta que sua mente insiste em esquecer.

Quanto mais nos envolvemos e descemos ao fundo da mente do personagem principal, reunimos mais dúvidas quanto ao destino do prisioneiro. Entre perseguições alienígenas e tentativas de reaver suas memórias apagadas, ele então se depara com uma nova conexão e um novo enigma: Samsara. O que é? Para onde leva? Em qual direção aponta? É mais um ponto neste emaranhado misterioso que o prende.

t13E enquanto procuramos em cada página uma resposta, somos surpreendidos por fragmentos de memórias que se desprendem para preencher lacunas que Thales de Mendonça insere, como peças de um quebra-cabeça que formam um todo, montando ao se desmontar. Nestas memórias fragmentadas, ele se depara com alguém que o remete ao seu passado e é uma conexão para o presente, sua parceira, Bynam. Juntos conseguem um artefato ilegal, que em jogo é um dos sentidos para a perseguição sofrida. Mas qual a finalidade deste artefato?

Temos que nos aprofundar mais nas páginas de D3-VA para alcançar a base desta pirâmide de enigmas. Estas missões são comandadas pelo Capitão, que parece liderar um grupo de dissidentes, de rebeldes, de independentes. Mas qual é o sistema que os prende? O que buscam? O que almejam?

As inquietações aumentam e devorar as palavras se faz insuficiente para sanar a ansiedade de descobrir as camadas que escondem este mundo fantástico. Realidades paralelas, possibilidades que podem estar na próxima esquina. O futuro é uma incógnita e a busca pela memória é frenética.

Ao leitor que se aventurar nestas páginas desejo uma jornada tão delirante quanto a minha, onde desci pelas páginas apressada e aflita, escorregando pelos pontos para chegar ao final e descobrir que toda memória é fragmento de uma só história, à qual damos sentido.

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